Quinta-feira é, tradicionalmente, o dia de lançamento de livro na Inglaterra. E tradição por aqui é pra ser seguida, celebrada e comemorada. Com a pandemia, isolamento, fechamento de livrarias e cancelamento de Festivais de Literatura muitas publicações tiveram de ser adiados. Hoje, 600 títulos novos estão sendo lançados no mercado.

Este número deixa apreensivo não apenas o autor menos conhecido para quem o pagamento de publicação representa um terço do adiantamento de royalties, mas também as editoras grandes e pequenas (estas últimas mais do que as outras, obviamente). Mesmo num país onde o mercado de livros não perdeu leitores nos últimos anos.
As estatísticas do monitor de vendas de livros do Reino Unido Nielsen BookScan mostram que o mercado de livros impressos no Reino Unido cresceu 2,1% em valor e 0,3% em volume ano passado. No total, 190,9 milhões de livros foram vendidos, por £ 1,63 bilhão. A mesma Nielsen publicou uma pesquisa em junho apontando : 2 em 5 britânicos estão lendo avidamente durante a pandemia, a maioria deles quase dobrou o numero de horas semanais , de 3,5 para 6 horas. Ainda assim, o gigante atacadista Bertrams quebrou em junho deixando de pagar £25 milhões (R$180 milhões) a seus credores.
Hoje é o começo deste ‘ataque violento’, como foi descrito pelos experts. Todas as quintas feiras . Estão por vir os novos livros de Martin Amis, David Attenborough e Elena Ferrante entre muitos outros, incluindo as biografias e livros de culinária, favoritos na lista de presentes de natal.
