Nem pensem que vou tentar explicar Brexit para vocês. Além da infinidade de artigos disponíveis na mídia do mundo inteiro em línguas mais incompreensíveis do que as razões utilizadas para quererem sair da Europa, eu não tenho todo este tempo. E não me detesto tanto.. E nem detesto vocês a este ponto.
Prefiro enumerar aqui algumas observações feitas pelo húngaro George Mikes, autor de um hilário best seller: How to be a Brit = Como ser um britânico. O livro foi escrito nos anos 80 mas trata-se de uma derivação de outro, How to be an Alien = Como ser um estrangeiro, cuja primeira publicação é de 1946. Evidentemente, muita coisa mudou desde os idos do fim da 2a Grande Guerra. Mas selecionei o pedaço onde ele compara os hábitos dos britânicos com os do ‘continente” – Sério, os britânicos realmente se referem à Europa como The Continent. É patético, but there you go.
- Primeiro de tudo a diferença mais notável. Aqui dirigimos do lado ‘errado’. Para facilitar a vidas dos estrangeiros, dos desligados e dos sempre conectados ao celular, vê-se no chão dos cruzamentos “LOOK RIGHT”. LOOK LEFT” .
2. Aos domingos, no Continente, não importa sua classe social, ‘você coloca seu melhor terno, tenta parecer respeitável” . Na Inglaterra, ‘mesmo os milionários ou presidentes de empresas se vestem em trapos singulares” . Hmmm Acho que esta moda se espalhou pelo mundo.

3. Na Europa, o garfo é usado como uma ‘pá’; na Inglaterra, eles viram o garfo de cabeça pra baixo e equilibram a comida em cima. JURO!! Requer uma certa habilidade. São exímios até com as ervilhas . Não acredita. Olha este video!! O cara menciona até a possibilidade de ser convidado ao Buckingham Palace ou Windsor Castle. Sério gente. Sem palavras
Vejam isto aqui 🙂 🙂
4. Os gatos que passeiam pelas ruas de Paris, Milão ou Barcelona “são julgados individualmente por seus próprios méritos”. Em Londres, Liverpool ou Edimburgo, eles são “universalmente adorados como no Egito antigo”.


5. Pessoas cultas, no Continente, amam mencionar Aristotéles, Horace ou Montaigne para esnobar seu conhecimento. Na ilha ao lado, apenas as “pessoas sem escolaridade querem mostrar seu conhecimento, ninguém cita autores gregos ou latinos no meio de uma conversa, ao menos que nunca os tenha lido” .
6. “Europeus são sensíveis e emotivos. Os ingleses levam tudo com um requintado bom humor – eles só se ofendem se você disser que eles não tem senso de humor” . Pura verdade. As recentes campanhas de saúde mental, apoio terapêutico aos necessitados etc, mudou um pouco isto. Mas a natureza do britânico é esta mesmo.
7. “Europeus te contam a verdade ou mentem pra você. Os ingleses raramente mentem mas eles não sonhariam em te contar a verdade.” Existem centenas de frases etéreas, hipócritas e/ou passivas usadas diariamente e que mostram com clareza a total falta de intenção/interesse em falar sobre o assunto levantado. E tem o impagável “Ser econômico com a verdade” . Veja a origem abaixo *.
8. E a melhor, disparado! Muitos continentes acreditam que a vida é um jogo. Os ingleses acham que Cricket é um jogo.
Se sua curiosidade é maior do que seu amor próprio aqui está um video explicando as regras do dito cujo.
- O Dicionário de Oxford traça esta expressão a Edmund Burke, a primeira de cujas Cartas sobre uma paz regicida, escrita em 1795 e publicada em 1796, incluía: “A falsidade e a ilusão não são permitidas, em caso algum: mas, como no exercício de todas as virtudes, existe uma “economia da verdade”. É uma espécie de temperança, pela qual um homem fala a verdade com uma medida que ele pode falar por mais tempo.
Muito bem escrito , parabens . beijos
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Obrigada. Seja muito bem vindo
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Hahaha. Excelente! Conheci um não inglês que comia com o garfo invertido… não ervilhas, of course!
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Que delicia de leitura, me diverti aprendendo sobre os da ilha e os do continente!
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Amei Betise!!! Ri muito dos ingleses com sua economia de falar a verdade
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