Depois das mulheres, flores são as mais divinas das criações, Cristian Dior 1954

Pois é isto, amigas. Falou o mestre. Pessoalmente, eu acho que flores não chegam nem perto 🙂 🙂

Eu já falei aqui que não sou muito ligada em moda. Repito: Não entendo bulhufas. Mas tem moda que é revolução – Mary Quant. E tem moda que é pura arte. Este é o caso de Christian Dior. Eu também não sabia disto até ir ver a Exposição no V&A, Christian Dior: Designer de Sonhos, que termina no próximo dia 1o. Fui 3 vezes. Nem eu acredito. Convidei amigas apaixonadas por moda. Faço parte do esquema de ‘Friends’ do Museu. Pago £79 (R$390) por ano e, em troca, tenho direto a frequentar, com um convidado, todas as exposições temporárias e também tenho acesso ao belíssimo Member’s Room.

O V&A é um espetáculo. Como todos os museus londrinos o acesso a seu acervo é gratuito, subsidiado pelo governo – ou seja, por nós, pagadores de impostos. E, como todos os museus, não dá conta de se manter se não for criativo. As exposições temporárias, a extraordinária loja e os eventos realizados frequentemente garantem a sobrevivência. Todas as sextas feiras tem um evento musical na Courtyard Central. Um mais genial que o outro.

Do topo a esquerda, sentindo horário: Uma sala do Museu; Hall principal com a famosa escultura do Agora super na moda Chihuly; e as 3 outras da Courtyard onde tem sextas musicais, um café e bar bem charmoso e onde se hospedam instalações temporárias.

Mas eu falava da arte fabricada pela Casa Dior. Ele fez 22 coleções, cada uma co merca de 150 looks. “Considero o meu trabalho como arquitetura efêmera, dedicada à beleza do corpo feminino”, definiu o estilista em 1957. Veja se não dá pra morar nestes modelitos.

Esta exposição é a mais bonita que já vi no V&A. Estéticamente falando. E não me refiro somente ‘as roupas. Construíram pilares, redomas de vidro, mini palcos., vitrines.

Vejam a montagem. Fico boquiaberta.

Exuberante não exprime.

Olhem o que era este White Room
E as flores das quais ele falava.
O detalhe de perto. Cada uma costurada ‘a mão, óbviamente.

É de tirar o fôlego.

E se quiser contribuir para que outros menos favorecidos possam continuar frequentando o museu, doe. Eles facilitaram ainda mais e instalaram uma pilastra onde é so’ encostar o cartão contactless que £5 são automaticamente debitados. E, ainda bem, tem sempre gente contribuindo.

E para terminar, last but not least, como dizem por aqui. Fashion in motion.

3 Replies to “Depois das mulheres, flores são as mais divinas das criações, Cristian Dior 1954”

  1. Excelente matéria, amiga!
    Teve uma exposição de Lacroix aqui na FAAP mt anos atrás e tb foi um belo espetáculo, ainda q não tão sumptuoso como esse de Dior, com fotos e modelos de roupas prêt à-porter e figurinos para teatro.
    A moda pode ter um conceito poético rico. Tenho um pequeno livro de Issey Miyake com suas pesquisas sobre texturas, fotos e depoimentos sobre sua busca de uma roupa que preenchesse esse espaço entre o corpo e a própria roupa. Muito bom!

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